RELATO DA REUNIÃO DA CONGREGAÇÃO REALIZADA EM 27/08/2004

 Palavra da Presidência:

O Prof. Bovo fez os seguintes comunicados:

1) a partir da próxima reunião da Congregação a sala, onde é realizada a reunião, estará ampliada e, posteriormente, serão trocadas a mesa e as cadeiras.

2) 02 alunos do curso de Ciências Econômicas tiveram suas monografias premiadas pelo Conselho Regional de Economia: Fernando Cerezetti, (orientador Prof. Elton) e Hélio da Silva Pereira orientador Prof. João Furtado).

3) A Sra Emília, Diretora Administrativa, esclareceu que, a partir de 1° de setembro, haverá uma descentralização da reprografia, onde cada Unidade fará sua opção. A FCL optou pela concessão de uso do espaço físico, através de contrato temporário, onde constarão algumas exigências. Será constituída uma comissão para acompanhar os 3 primeiros meses. Para estabelecimento de um contrato definitivo, será através de concorrência pública. Neste contrato temporário a cópia custará R$ 0,08. Para o contrato definitivo, a partir de dezembro de 2004, será preço de mercado.

4) Está havendo uma pressão da Associação Brasileira de Editoras por conta dos direitos autorais dos livros. A FCL já foi advertida no ano passado. A Diretoria da FCL vai discutir com os Departamentos o problema da reprografia dos livros.

Palavra dos Membros:

1) O Prof. Dalton elogiou a postura da Direção da FCL no movimento de greve.

2) O Prof. João Gentilini lamentou o veto do Presidente Lula, dentro do orçamento da LDO, com relação às bolsas PET.  Acredita que, a nível federal, tudo está sendo feito para o programa acabar. A Congregação aprovou o encaminhamento de uma moção aos órgãos competentes sobre o veto do Presidente Lula, bem como o atraso na entrega do material. Nesse sentido, o Prof. Gentilini isentou a funcionária do Setor de Compras que não tem culpa nenhuma pelo atraso.

3) Um dos representantes discentes solicitou que os representantes suplentes dos alunos também tivessem direito a voz na reunião, porém essa solicitação não foi aprovada.

Dentre os itens constantes da pauta, foi discutida a Proposta de Normas para consulta à comunidade para escolha do Diretor e Vice-Diretor da FCL, quadriênio 2005-2008, sendo destacado o Art. 7°, descrito na íntegra:

 Art. 7° - “Será considerada vencedora a chapa que obtiver a maior votação proporcional em cada segmento, de forma paritária.”

A proposta de normas foi elaborada por uma comissão, designada pelo Diretor, constituída por cinco servidores docentes, cinco servidores técnico-administrativos e cinco discentes. A Profa. Darlene, na qualidade de Presidente da Comissão, fez os seguintes esclarecimentos: as discussões da Comissão se pautaram na Portaria que regiam as normas da eleição passada, tendo sido discutido item por item. A Comissão discutiu, de forma bastante acalorada, os pesos dos votos, sendo que a paridade é um anseio dos funcionários e dos alunos. Os docentes argumentaram que a proposta da paridade feria a legalidade, portanto a proposta encaminhada à Congregação era o resultado da aspiração das 2 categorias (funcionários e alunos). Tendo sido feitos os esclarecimentos, foi colocada em votação a proposta, sem prejuízo dos destaques, a qual foi aprovada por unanimidade. Passou-se, então a discutir os destaques:

Artigo 6°: A proposta da Comissão é que a eleição fosse realizada em dois dias, mas a Congregação aprovou 3 dias, com a defesa da Profa. Gladis de que deveria ser dada oportunidade para os alunos da pós-graduação votarem.

Artigo 7°: Paridade:

1) O Prof. Segatto iniciou dizendo que a paridade é uma discussão complexa, que esbarra na questão legal - Artigo 56 da LDB e Artigo 30 do Estatuto da UNESP, onde está previsto o peso de 70% para a manifestação dos docentes em relação ao conjunto de categorias (15% para os funcionários e 15% para os alunos). Citou que a PUC não está cumprindo a LDB no processo de escolha dos dirigentes, pois não é uma instituição pública e, como tal, não precisa cumprir a LDB.

2) O Prof. João Gentilini apresentou as manifestações do Departamento de Ciências da Educação que, para o futuro, novas proporcionalidades deverão ser discutidas, com a sugestão de que o peso seja 50% para os docentes; 31% para os funcionários e 19% para os alunos. Elogiou os documentos elaborados pelos funcionários e pela ADUNESP, buscando novos rumos.

3) A Profa. Luciana Togeiro se manifestou pela legalidade e disse que a questão da paridade deve voltar à discussão na semana da reforma universitária, de 13 a 17/09/pf.

4) A servidora Kely questionou a legalidade da Comissão, que é paritária. O Prof. Segatto esclareceu que essa é uma comissão de trabalho, ou seja, uma comissão auxiliar para fazer os trabalhos de acompanhamento da eleição.

5) O aluno Mauro disse que a LDB nem sempre foi consensual e que a Congregação podia se opor e transcender à LDB.

6) O servidor Bruno leu a carta dos funcionários (em anexo) solicitando que a mesma constasse em ATA, ressaltando que seria um momento histórico adiantarmos um processo de democratização que já está sendo discutido na reforma universitária. Nesse momento o plenário se manifestou com aplausos, sendo advertido pelo Sr. Diretor que o plenário não poderia se manifestar de qualquer forma.

7) A servidora Ivani argumentou sobre o documento elaborado pela ADUNESP que também solicita a paridade. Os docentes disseram que aquele documento foi escrito pela ADUNESP Central e que não representa a ADUNESP local.

8) O aluno Marcelo Gomes disse que é inútil os alunos e funcionários participarem da Congregação, pois o voto não vale nada. Argumentou que os docentes estão satisfeitos com a situação atual, mas os alunos e os funcionários anseiam por mais liberdade e mais participação numa comunidade acadêmica. A Congregação tem peso político e intelectual para passar por cima de um artigo de uma lei e que devíamos solicitar dos candidatos que também acatem a paridade.

9) O Prof. Bovo manifestou-se contrariamente á paridade. Disse que a Universidade é uma instituição meritocrática (quando o poder é exercido pelos mais capazes) e deve continuar sendo e ser regida por outras leis e não pela democracia. È a favor da mudança da proporcionalidade, pois os funcionários devem ter um peso maior do que os 15% de hoje e deve ser revista, mas não para essa eleição e sim no contexto da reforma universitária.

10) A Profa. Maria Orlanda disse que não podemos ignorar o movimento que é bastante forte e que nos leva à discussão imediata da paridade. O documento dos funcionários reflete que os funcionários e os alunos são a favor da paridade e os docentes contra.

11) O Prof. Segatto ressaltou, novamente, que é uma discussão muito complexa, pois os sujeitos são diferentes (docentes, funcionários e alunos) e que a Congregação não pode desrespeitar o Estatuto e que a Assessoria Jurídica da Reitoria disse que a eleição for paritária pode.ser impugnada.

12) O aluno Ettore reconheceu a diferença entre as categorias, mas enfatizou que a paridade é para  leger um docente.

13) O Prof. Elton disse que a reforma universitária não vai ser suficiente para a discussão da paridade, não é um assunto emergente e tem que ser discutido a longo prazo.

14) A Profa. Maria Helena Frem disse que a paridade é um princípio político e deve ser discutido a fundo. Relembrou que a eleição de 1992 foi decidida pelos funcionários e, a partir daí, a paridade começou a ser questionada. Disse que o que importa realmente é o projeto da nova gestão para os próximos 4 anos.

15) Antes de iniciar o processo de votação, a servidora Ivani solicitou que a votação fosse nominal, sendo aprovada pela Congregação.

16) A Direção solicitou a presença da Assessora Jurídica, Dra. Marilena, que afirmou que devemos acatar a LDB e o Estatuto da UNESP, sob pena da eleição tornar-se nula, mesmo que a Constituição Federal, em seu artigo 5°  estipula que todos são iguais perante a lei..., pois, na prática, não somos todos iguais, pois o Estatuto prevê as 3 categorias.

17) Ao ser contestada se a nossa eleição, que será realizada por chapa, também não está ferindo a legislação, visto que para Reitor é uninominal, não quis se manifestar, pois a AJ da Reitoria já tinha se manifestado com relação ao assunto, afirmando que não havia ilegalidade na eleição por chapa.

Após todas as manifestações, o item sobre a paridade foi colocado em votação, tendo recebido a seguinte votação: 16 votos contrários, 08 a favor e 01 abstenção.

Votos contrários:

Prof. José Murari Bobo – Vice-Dirtor

Prof. Sérgio Azevedo Fonseca – Chefe do Departamento de Administração Pública

Profa. Darlene Aparecida de Oliveira Ferreira – Chefe do Departamento de Antropologia, Política e Filosofia.

Prof. João Augusto Gentilini – Chefe do Departamento de Ciências da Educação.

Profa. Maria Helena Galvão Frem Dias da Silva – Chefe do Departamento de Didática.

Profa. Luciana Togeiro de Almeida – Vice-Chefe do Departamento de Economia.

Prof. Arnaldo Cortina – Vice-Chefe do Departamento de Linguística.

Prof. Carlos Roberto Ferrari – Representante Docente.

Prof. Elton Eustáquio Casagrande – Representante Docente – suplente.

Profa Gladis Massini-Cagliari – Representante Docente

Prof. Claúdia Heller – Representante Docente

Prof. Luiz Gonzaga Marchezan – Representante dos Coordenadores dos Cursos de Pós-Graduação.

Prof. Dalton Geraldo Guaglianoni – Representante da Comissão Permanente de Ensino

Profa. Marymarcia Guedes – Representante da Adunesp

Prof. Jaylson Jair da Silveira – Representante dos Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação.

Profa. Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan – Chefe do Departamento de Literatura


Votos favoráveis:

Profa. Maria Júlia Cazazza Dall’Acqua – Vice-Chefe do Departamento de Psicologia da Educação.

Profa. Maria Orlanda Pinassi – Vice-Chefe do Departamento de Sociologia.

Mauro Sala - aluno

Ettore Dias Medina - aluno

Marcelo Gomes - aluno

Bruno Otto Theodoro Rosa - servidor

Ivani Cristina Sentomo de Arruda Castro - servidor

Kely Cristina Capecci Perone – servidor.

 Abstenção:

Profa. Wilma Patrícia Marzari Dianardo Maas – Vice-Chefe do Departamento de Letras Modernas.

 O último item a ser discutido foi a constituição de uma comissão eleitoral local para acompanhamento da eleição para Reitor. A comissão deverá ser constituída por 5 docentes, 1 funcionário e 1 aluno. A Direção vai indicar a Comissão após consulta as categorias.