Notícias / Cidades Servidores da Unesp mobilizam campus da Odonto por campanha salarial
Outras universidades do Estado já estão em greve; na cidade, servidores
não falam em paralisação Servidores da Unesp Araraquara deram continuidade à manifestação contra a quebra da isonomia dos salários dos docentes e dos funcionários técnicos-administrativos nas três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp). Cerca de 45 servidores estiveram em frente ao Campus da Faculdade de Odontologia, no Centro da cidade, nesta terça-feira pela manhã, para distribuir uma carta aberta a professores, alunos e à população. Os manifestantes exigem aumento salarial no mesmo índice concedido aos docentes há quatro meses e que não foi repassado aos servidores técnicos. A igualdade dos reajustes, de acordo com o documento entregue, é realidade desde 1988 e foi abolida neste ano pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), que concedeu 6% de reajuste exclusivo aos docentes em fevereiro, três meses antes da data base.
Chegado o mês de maio, o Cruesp ofereceu 6,57% de aumento
para todos, docentes e técnicos-administrativos. "Assim, os professores
tiveram reajuste de quase 13% e nós, apenas 6,57%", cobra Aluizio
Monteiro Júnior, servidor da FCL da Unesp. Greve
Em Araraquara ainda não se fala em paralisação, mas outras unidades da
Unesp já estão em greve. A USP também tem setores parados e unidades da
Unicamp já aderiram ao movimento grevista. Segundo a carta aberta distribuída ontem pela manhã, "para que o sistema universitário paulista possa continuar forte e coeso, é imprescindível a manutenção da isonomia salarial entre os segmentos, entre as universidades e entre as áreas do conhecimento." Cruesp Em comunicado publicado na internet, o Cruesp informa que "o reajuste de 6,57%, concedido em 2010 pelo Cruesp nos salários dos servidores técnico-administrativos e docentes preserva o poder aquisitivo de nossos profissionais com aumento acima da inflação do período, ao mesmo tempo em que mantém o indispensável equilíbrio financeiro das universidades". Sobre a quebra da isonomia, a alegação do órgão é que "desde 1996 a carreira dos servidores técnico-administrativos passou por duas reestruturações, o que significou um investimento superior a 6% do total da folha de pagamento. Essas reestruturações foram exclusivas para a carreira dos servidores técnico-administrativos, não sendo estendidas à carreira docente". E que "a reestruturação da carreira docente, realizada em fevereiro de 2010, tornou-se imprescindível para preservar a qualidade de ensino e a competitividade salarial das Universidades Estaduais Paulistas frente às outras universidades públicas" |