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Maior parte dos reajustes é de até 2%
mais inflação
DA REPORTAGEM LOCAL
Operários da construção civil, trabalhadores de usinas
de álcool, do setor farmacêutico e professores de ensino superior privada
são algumas das categorias que conseguiram aumentos reais no primeiro
semestre deste ano. A exemplo do que ocorre nos últimos anos, os aumentos se
concentram na faixa de 1% a 2% acima da inflação medida pelo INPC.
Na construção civil, 225 mil operários paulistas receberam reajuste de 5,5%
a partir de 1º de maio -o que inclui 3,44% de inflação e 1,99% de aumento
real. "Mesmo sendo um setor favorecido pela expansão dos investimentos, como
as obras anunciadas pelo PAC, o aumento só foi conseguido após uma semana de
greve", diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato da categoria.
Mesmo nos setores mais afetados pela queda do dólar, os reajustes ficaram
acima da inflação. Os sapateiros de Franca negociaram reajuste de 5%- sendo
2,01% de ganho real.
Os 7.000 farmacêuticos paulistas fecharam acordo com 4,5% de reajuste, o que
inclui 1,16% de aumento. Nas usinas de açúcar, o reajuste foi de 5%, sendo
1,51% de ganho real. No ABC, 12 mil padeiros negociaram 3,75% para repor
perdas da inflação e 0,9% de aumento real.
(CR) |