Um
grupo
de
estudantes
e
funcionários
da
Universidade
de
São
Paulo
(USP) fazem
um
piquete
em
frente
ao
prédio
da
reitoria
da
universidade
na
manhã
desta
terça-feira
(27)
e
impedem
a
entrada
dos
servidores
no
local.
Eles
protestam
contra
a
reitoria
-
que
não
teria
liberado
os
funcionários
para
participar
do V
Congresso
da
USP.
A
assessoria
de
imprensa
da
universidade
nega.
Segundo
Stephano
Azzi,
22,
aluno
do
4º
ano
do
curso
de
história,
no
ano
passado,
com
o
fim
da
ocupação
do
prédio
da
reitoria
da
USP,
a
reitora
Suely
Vilela
teria
se
comprometido
a
liberar
os
alunos,
docentes
e
funcionários
para
a
realização
do
congresso
(previsto
para
acontecer
entre
os
dias
26 e
31
de
maio),
o
que
não
aconteceu.
"A
reitora
suspendeu
as
aulas,
garantindo
a
participação
dos
alunos
e
professores.
E
nós
entendemos
que
os
funcionários
também
são
um
dos
pilares
da
universidade.
Sem
eles,
não
existe
a
possibilidade
de
participarmos
do
congresso.
Fizemos
uma
assembléia
e
aprovamos
a
realização
de
uma
semana
de
lutas
para
protestar
contra
a
falta
de
democracia
na
USP
e
contra
essa
estrutura
de
poder
autoritária",
disse
Azzi.
De
acordo
com
Azzi,
os
alunos
souberam
na
semana
passada
que
apenas
os
delegados
dos
funcionários
seriam
liberados
para
participar
do
encontro
e
ainda
dependeriam
da
autorização
dos
diretores
das
unidades.
"A
gente
entende
que
isso
é
fazer
distinção
entre
alunos,
professores
e
funcionários.
A
USP
não
é
uma
universidade
que
está
a
serviço
do
trabalhador",
disse
o
estudante.
Para
fazer
o
piquete,
os
alunos
bloquearam
as
duas
entradas
principais
da
reitoria
com
cavaletes
de
madeira.
Segundo
Azzi,
não
há a
intenção
de
ocupar
o
prédio
da
reitoria.
"Isso
nem
passou
pela
nossa
cabeça,
nem
tocamos
nesse
assunto.
A
idéia
é
fazer
um
ato
para
protestar
contra
a
falta
de
democracia".
O
diretor
de
base
do
Sindicato
dos
Trabalhadores
da
USP
(Sintusp)
Magno
de
Carvalho
soube
da
decisão
dos
estudantes
na
noite
desta
segunda-feira
(26) e
afirmou
que
os
funcionários
estão
apoiando
o
movimento.
De
acordo
com
Carvalho,
cerca
de
800
servidores
trabalham
no
prédio
da
reitoria.
O
esutante
Azzi
disse
que
os
alunos
aprovaram
em
assembléia
o
cancelamento
do
congresso
para
protestar.
Segundo a
professora
Lucília
Borsari,
representante
dos
professores
da
comissão
organizadora
do V
Congresso, os
docentes
e
alguns
alunos
estão
reunidos
neste
momento
no
auditório
para
discutir
qual
o
rumo
que
o
congresso
vai
tomar
diante
da
realização
do
piquete
de
alunos
e
funcionários
no
prédio
da
reitoria.
"A
plenária
de
instalação
do
congresso
deveria
ter
acontecido
pela
manhã
e
vamos
decidir
o
que
fazer.
Pode
ser
que
a
gente
transforme
o
congresso
num
encontro
de
professores",
disse.
A
assessoria
de
imprensa
da
USP
informou
que
a
reitora
não
impediu
a
participação
dos
funcionários
no
congresso
e,
inclusive,
criou
um
recesso
acadêmico
de
uma
semana
e
ofereceu
toda
a
infra-estrutura
necessária
para
a
realização
do
congresso,
como
transporte,
alojamentos,
auditórios
e
impressão
de
materiais
para
divulgar
os
resultados
do
evento.
Ainda
segundo
a
assessoria
de
imprensa
da
USP,
a
reitora
publicou
uma
portaria
interna
no
dia
16
de
maio
recomendando
que
os
diretores
das
unidades
liberassem
os
delegados
e
quem
mais
quisesse
participar
do
congresso.
"A
disposição
da
reitoria
é
sempre
dialogar",
informou
a
assessoria
de
imprensa,
acrescentando
que
apenas
os
seguranças
da
reitoria
estão
dentro
do
prédio.
“Pedimos a
presença da imprensa ou de professores
para garantir que a nossa integridade
física fosse preservada, mas os
policiais não autorizaram e foram nos
colocando dentro do ônibus, como
criminosos”, lembra.
A jovem afirma temer alguma punição
administrativa por parte da
universidade.
Outras quatro unidades da Unesp estão ocupadas por estudantes. São elas: Ourinhos (a 370 km da capital paulista), Rio Claro (175 km), Assis (427 km) e Franca (400 km).