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30/06/2010 15h57 - Atualizado em 30/06/2010 19h28
 

Acaba greve de funcionários da USP

 

Paralisação durou 57 dias.
Trabalhadores da Unicamp também decidiram suspender greve.

Vanessa Fajardo e Fernanda Nogueira Do G1, em São Paulo

Funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram em assembleia nesta quarta-feira (30) por fim à greve, iniciada em 5 de maio. Trabalhadores aceitaram proposta feita pela reitoria, que disse que irá avaliar reivindicação de aumento de 5%. A volta ao trabalho ocorre nesta quinta-feira (1).

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), trabalhadores também decidiram em assembleia nesta quarta-feira suspender a greve, após 49 dias parados. O estado de greve será mantido até que os trabalhadores se certifiquem de que não haverá punições e que seja retomada negociação salarial, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). A reivindicação de aumento salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, não foi atendida pela reitoria.

"Consideramos o movimento positivo, apesar de não termos conseguido restabelecer a isonomia. Chegamos no limite. A partir da semana que vem não haveria mais alunos, professores e funcionários na USP. O movimento ia perder força", afirmou Magno Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).

USP FIM
Funcionários da USP votam fim da greve, que durou 57 dias (Foto: Vanessa Fajardo/G1)

"Não temos força para continuar a greve por mais tempo. Não vamos conseguir mais nada daqui para a frente. Devemos retornar ao trabalho e continuar lutando", disse um dos participantes do comando de greve, Mario Balanco, durante discurso.

Em reunião pela manhã entre dirigentes do sindicato e representantes da reitoria da USP, a universidade afirmou que examinará a reivindicação de aumento de 5% nos salários dos funcionários a partir de 5 de julho.

Nessa mesma data se iniciam as negociações da pauta específica de reivindicações dos funcionários, de acordo com a reitoria.

A USP também disse na proposta que fará o pagamento dos salários descontados correspondentes ao dias não trabalhados em até quatro dias após o encerramento da paralisação, mediante compromisso de reposição dos dias não trabalhados. Segundo a USP, não haverá punição decorrente das atividades do movimento de greve.

Os trabalhadores disseram que começam a deixar o prédio da reitoria ainda nesta quarta-feira (30) e entregam o local nesta quinta-feira. Eles pretendem pedir à reitoria para criar uma comissão para avaliar as condições do edifício.

Nesta quinta-feira, haverá assembleias nos campi do interior de São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos, Pirassununga, Piracicaba e Bauru. A expectativa é que a proposta da reitoria também seja aceita e que os funcionários voltem ao trabalho na sexta-feira (2), segundo o Sintusp.