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11/08/2007 - 11h41

USP e Unicamp aprovam novo secretário de Ensino Superior

Reitor da Unicamp diz que ele é um “fator de tranqüilidade”.
Suely Vilela, da USP, afirma que Carlos Vogt está “gabaritado”.
Luísa Brito e Simone Harnik Do G1, em São Paulo

Anunciado como novo secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt, atual presidente do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) foi visto com bons olhos pelos reitores das universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp).

Por nota, a reitora da USP, Suely Vilela, afirmou que o novo secretário está “plenamente gabaritado” para assumir o posto e que “sua trajetória acadêmica demonstra uma inquietação constante pela busca da excelência na universidade”.

Já o reitor da Unicamp e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), José Tadeu Jorge, enfatizou a participação de Vogt na “implantação do projeto de autonomia das universidades estaduais paulistas, em 1989”. Também por nota, Jorge afirmou que sua presença é “um importante fator de tranqüilidade para a comunidade universitária e para a sociedade”.

Vogt, como José Aristodemo Pinotti (DEM), o secretário anterior, foi reitor da Unicamp -ele dirigiu a universidade de 1990 a 1994. Natural de Sales Oliveira (SP), Vogt é graduado em letras pela USP, cursou o mestrado e parte do doutorado na França e defendeu sua tese do doutoramento na Unicamp. Como professor da instituição, ingressou em 1969.

Após o término do seu mandato na reitoria da Unicamp, criou o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e o Instituto Uniemp – Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) disse que o reitor da instituição não se manifestaria.

 Gestão Pinotti

Apesar de ter passado sete meses da gestão Pinotti na secretaria, Suely não quis emitir sua avaliação: “Em razão do curto espaço de tempo que o secretário dr. Pinotti permaneceu no cargo, não disponho de subsídios suficientes para fazer uma criteriosa avaliação de sua gestão. Entretanto, é preciso ressaltar que o secretário sempre esteve aberto ao diálogo com a Universidade”, disse ela.

Para os estudantes e professores do ensino superior paulista entrevistados pelo G1 o principal problema é a própria criação da secretaria. “Acho que neste momento, da demissão dele, a sociedade tem que refletir sobre qual o papel dessa secretaria para o ensino público paulista”, afirmou o universitário Carlos Gimenez, que participou da ocupação da reitoria da USP.

Para o professor Otaviano Helene, representante do Fórum das Seis (entidade que congrega as organizações sindicais das três universidades) e presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), é preciso atentar para a forma como o governo paulista trata a educação.