Bancada
do PT votará contra SPPrev segunda-feira
O
acordo só foi possível após muita pressão dos parlamentares
oposicionistas. O Regimento Interno da Casa define que as
alterações feitas no projeto devem ser publicadas no Diário
Oficial e deliberadas após 24 horas. Outra maneira de
preparar a peça para votação seria a adesão de todos os
líderes partidários. O PT e o PSOL manifestaram-
Além
de definir o voto contra o Projeto, a bancada petista também
indicará que a votação seja nominal, que é um instrumento de
identificação de como os deputados votaram. Entre as
críticas apresentadas pelos deputados petistas ao Projeto
está o não estabelecimento de uma alíquota de contribuição
previdenciária dos servidores, que hoje é de 11% sobre seus
salários. “Isso gera uma insegurança, já que como não há uma
alíquota, os servidores paulistas, que já têm uma
contribuição desigual em relação ao resto do País, podem ser
ainda mais prejudicados pela possibilidade de aumento da
alíquota atual”, explicou Hamilton.
Atualmente o Executivo conduz a previdência estadual através
do IPESP (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo).
O Governo construiu com recursos do Instituto cerca de 900
imóveis entre escolas, delegacias, fóruns e centros de
saúde, porém, os recursos utilizados nunca foram devolvidos
ao Ipesp. No PLC 30, o Estado se omite a respeito da sua
dívida com o Instituto, inclusive em relação à contribuição
de 11% que é de sua responsabilidade, porém nunca foi paga
desde a criação do Ipesp, fazendo com que o passivo atuarial
reconhecido pelo Executivo esteja hoje em torno de R$ 160
bilhões.
“A
nova Previdência vai absorver todo o patrimônio do Ipesp e
não se fala no ressarcimento dos servidores que contribuíram
por décadas para formar esse patrimônio”, observa Hamilton
Pereira. Ao todo, são 18 pontos elencados pela bancada
petista como pontos críticos, entre eles, a falta de uma
Procuradoria Própria, que viria a possibilitar conflitos de
interesses entre a SPPREV e o governo já que a PGE
(Procuradoria Geral do Estado) tende a defender os
interesses do Executivo.
Salário Mínimo Estadual
Hamilton Pereira apresentou, em 2/5, emenda ao Projeto de
Lei nº 363/07, de autoria do Governador José Serra, que cria
o salário mínimo estadual. A emenda do parlamentar propõe a
extensão do salário base aos servidores públicos paulistas,
já que o projeto do Governador é voltado apenas para os
trabalhadores da iniciativa privada.
“Hoje
nós temos servidores da Secretaria Estadual da Saúde, cujo
salário base gira em torno de R$73,00 a R$80,00, ou seja,
muito inferior ao mínimo nacional, que é de R$380,00”,
pondera Hamilton. “A nossa proposta é de que o salário base
dos servidores passe para R$490,00, além das gratificações
que hoje formam a principal faixa da folha de pagamento dos
servidores paulistas”, completa. Para Hamilton Pereira, com
essa iniciativa José Serra pode “dar o exemplo para a
iniciativa privada” e garantir que os servidores estaduais
tenham uma aposentadoria mais digna.