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25 Ago - 12h54 USP e Unesp fazem greve por recursos Agência Estado Funcionários e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e de alguns campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) iniciam uma greve, nesta quinta-feira, em protesto ao veto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao aumento do orçamento para a Educação no Estado. Professores da USP devem parar a partir de amanhã, quando também sairão as decisões sobre paralisações na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).A idéia dos sindicatos é consolidar a greve nas três universidades paulistas a partir da semana que vem, para pressionar uma nova votação na Assembléia Legislativa do artigo vetado da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006 (LDO). Há dez anos, o orçamento das três instituições representa 9,57% da arrecadação do ICMS do Estado, o que em 2005 deve girar em torno de R$ 3,8 bilhões. Esse porcentual (que já foi de 8,4% e de 9%, antes de 1995), no entanto, nunca foi instituído em forma de projeto de lei e precisa ser garantido a cada ano na LDO. "Não é que a Educação não mereça, mas não dá para aumentar essa vinculação (9,57% do ICMS)", diz o secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia, Fernando Menezes. Movimentos dos sindicatos de professores e funcionários de USP, Unesp e Unicamp e também dos reitores há anos pediam um aumento nesse índice. Em julho, os deputados aprovaram a mudança para 10% da arrecadação do ICMS. "O governo não pode criar a USP Leste, por exemplo, e não dar mais dinheiro para a universidade manter a nova unidade", diz o deputado estadual Renato Simões (PT). O secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia garante que o Estado tem destinado recursos extra-orçamentários às universidades para projetos de expansão de vagas. Para a construção da USP Leste, por exemplo, foram de cerca de R$ 80 milhões. Com a justificativa de que o aumento comprometeria programas governamentais em outros setores, Alckmin vetou, no início deste mês, o artigo que previa 1% do imposto destinado às Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e um aumento de 30% para 31% dos impostos do Estado vinculados à educação básica, o que, ao todo, representava R$ 470 milhões a mais em verbas estaduais. |