www.servidorpublico.net

Governo provoca paralisação com a nova previdência

por Jornal Bom Dia Sorocaba/SP — Última modificação 05/05/2007 08:47

O governo do Estado deveria repensar a criação desse órgão e os deputados estaduais, sobretudo os que têm base eleitoral em Sorocaba, precisam trabalhar por isso. A razão é muito simples: não se pode impor ao professor uma carga tão grande de recolhimento como a São Paulo Previdência prevê de 17%, ainda mais porque eles pagavam 11% ao Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo) até agora.

A greve dos professores 
Governo provoca paralisação com a nova previdência

Professores do Estado -Sorocaba inclusive - decidiram na tarde de ontem, em São Paulo, não fazer a greve que haviam programado para a próxima segunda-feira. A assembléia entendeu que não existia representatividade suficiente para detonar a paralisação, já que cerca de 10 mil educadores participaram da discussão e se esperava 40 mil.

A decisão coloca a categoria em estado de greve e programa novas assembléias para os dias 10 e 15 deste mês, ambas na própria Assembléia Legislativa, onde foi o encontro de ontem, e dia 23 no prédio do Masp, em São Paulo, para decidir o que fazer daqui para frente sobre o assunto.

Essa situação dá um pouco mais de tranqüilidade para os pais e estudantes porque eles sabem que poderão contar ainda com os professores nos próximos dias, mas não resolve o problema definitivamente, mesmo porque a razão para o movimento continua existindo, que é a oposição deles à criação de uma autarquia para funcionar como responsável pela previdência da categoria, a São Paulo Previdência.

O governo do Estado deveria repensar a criação desse órgão e os deputados estaduais, sobretudo os que têm base eleitoral em Sorocaba, precisam trabalhar por isso. A razão é muito simples: não se pode impor ao professor uma carga tão grande de recolhimento como a São Paulo Previdência prevê de 17%, ainda mais porque eles pagavam 11% ao Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo) até agora.

Mais grave ainda é o fato de o Estado não ter explicações para o que fez com esse percentual que recolheu dos professores e dos servidores em geral, já que não o repassou para o instituto. Essa atitude levou às dificuldades financeiras atuais daquele órgão e a criação de um substituto com recolhimento maior não vai resolver a vida do funcionalismo como deveria.

A São Paulo Previdência vai servir mais ao governo porque terá autonomia financeira como autarquia e isso permitirá o cumprimento da sua finalidade principal, que é conceder, pagar e manter benefícios previdenciários. Mas só daqui para frente. Como fica o atrasado?

Enfim, a categoria dos professores reclama com justiça aquilo que lhe foi tirado e revela o temor de que venha a perder mais ainda com a contribuição maior.

É preciso corrigir.

Fonte: Bom Dia Sorocaba/SP