Manifestação na USP
09/06/09
Portal UOL
09/06/2009 - 15h54
Manifestantes fazem "trancaço" na entrada principal da USP
Simone Harnik
Em São Paulo

Estudantes e funcionários da USP (Universidade de São Paulo) fazem protesto em frente ao portão principal da universidade na tarde desta terça-feira (9). O cruzamento da avenida Valdemar Ferreira com a Rua Alvarenga está bloqueado.

Com um carro de som, os manifestantes gritam palavras de ordem como "Serra vagabundo, fora PM do mundo" e "coxinha, pega a motoca, seu lugar é na padoca" [referindo-se aos policiais militares]. Às 18h, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) irá fazer assembleia no local. O sindicato estima que 2.000 pessoas já passaram no local.

09/06/2009 - 17h21
Polícia e estudantes entram em confronto no campus da USP
Simone Harnik
Em São Paulo

Estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) e homens da Polícia Militar entraram em confronto na entrada principal do campus da Cidade Universitária (zona Oeste da capital) por volta das 17h desta terça-feira (9).

De acordo com universitários, o confronto teria começado na rua principal da USP. Estudantes informaram que policiais presentes no campus foram provocados com gritos e palavras de ordem por manifestantes. Um grupo de policiais em motocicletas viram a cena e pediram reforço. A tropa da força tática, então, foi acionada.

Não é possível precisar se a ação da força tática ocorreu antes ou depois de agressões de alunos. No início do confronto, universitários atacavam pedras e garrafas na direção da PM. Em resposta, a tropa jogava bombas de efeito moral e disparou balas de borracha contra os manifestantes.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência recebeu pelo menos dois policias feridos. Um estudante foi encaminhado para o Hospital Universitário.
 
09/06/2009 - 19h01

Estudante da USP fica ferido em confronto com a polícia e vai para hospital

OTÁVIO PINHEIRO
colaboração para a Folha Online

Ao menos um estudante ficou ferido durante confronto com a Polícia Militar durante protesto ocorrido na tarde desta terça-feira na USP, zona oeste de São Paulo. O jovem, que não teve a identidade revelada, foi atingido por uma bomba de efeito moral e levado ao Hospital Universitário com ferimentos leves.

A manifestação começou no início desta tarde. Ao menos duas pessoas foram detidas, informou a Polícia Militar. Porém, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) diz que o número de detidos chega a dez.

Por volta das 19h, a polícia continuava no local e o clima entre os manifestantes era tenso. A PM não soube informar quantas pessoas participam do protesto, que reivindica a retirada da polícia da cidade universitária.

O confronto teve início à tarde, quando manifestantes teriam atacado os policiais militares com pedras e paus. O sindicato de funcionários, entretanto, nega que os manifestantes tenham iniciado e diz que a PM que deu início à briga ao atirar bombas de efeito moral.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- chegou a ser bloqueada pelos manifestantes por mais de uma hora. Porém, por voltadas 19h a via havia sido liberada, informou o órgão.

Protestos

Conforme o Sintusp (sindicato dos funcionários), o ato envolveria alunos, funcionários e professores da USP, Unesp e Unicamp, convocados pelo Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas.

O grupo pede a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP. Desde o dia 1º, policiais militares permanecem na USP para evitar que funcionários, em greve desde 5 de maio, bloqueiem a entrada de prédios, incluindo o da reitoria, impedindo a entrada dos que não apoiam a greve, que é parcial.

Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior --que resultou em dano ao patrimônio.

Em resposta à permanência da PM, professores e alunos, que não haviam aderido à paralisação, decidiram entrar em greve na última quinta-feira. Nesta terça, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o governo cumpre uma ordem judicial e, por isso, mantém a PM na universidade.

"A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa se não cumprir a ordem judicial dada por um juiz", disse.

As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis estão paradas desde 25 de maio. Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.

09/06/2009 - 20h50


Comissão de professores e alunos tem reunião com reitora da USP para negociar saída da PM
 

Simone Harnik
Em São Paulo
Atualizada às 00h59 de 10/6

Uma comissão formada por professores e alunos entrou na reitoria da USP, por volta das 20h20 para negociar com a reitora Suely Vilela a saída da PM da Cidade Universitária, no Butantã, em São Paulo.

Estudantes e funcionários entraram em confronto com a Polícia Militar no final da tarde desta terça (9).

A comissão é formada por cinco professores, três estudantes e dois deputados. "Viemos aqui no sentido de fazer de tudo para que os ânimos se acalmem", disse Sandra Nitrini, diretora da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).

Enquanto isso, os estudantes estão em assembleia no prédio da História para decidir os próximos passos do movimento.

Segundo a assessoria de imprensa da USP, a reitora Suely Vilela passou o dia no campus e tem se mantido em contato com os diretores das unidades e outros professores.

Conflito no campus

Estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) e homens da Polícia Militar entraram em confronto na entrada principal do campus da Cidade Universitária (zona Oeste da capital) por volta das 17h.

De acordo com universitários, o confronto teria começado na rua principal da USP. Estudantes informaram que policiais presentes no campus foram provocados com gritos e palavras de ordem por manifestantes. Um grupo de policiais em motocicletas viram a cena e pediram reforço. A tropa da força tática, então, foi acionada.

Não é possível precisar se a ação da força tática ocorreu antes ou depois de agressões de alunos. No início do confronto, universitários atacavam pedras e garrafas na direção da PM. Em resposta, a tropa jogava bombas de efeito moral e disparou balas de borracha contra os manifestantes.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência recebeu pelo menos dois policias feridos. Um estudante foi encaminhado para o Hospital Universitário
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09/06/2009 - 22h11

Manifestantes detidos em confronto da USP devem fazer exame de corpo de delito

Guilherme Balza
Em São Paulo

Durante o confronto ocorrido nesta terça-feira (9) na USP (Universidade de São Paulo), a polícia militar deteve o ex-funcionário e líder do Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP) Claudionor Brandão, o funcionário Celso Luciano Alves da Silva e o estudante José Ailton Dutra Júnior, aluno do curso de história da instituição. Eles foram detidos no 93º Distrito Policial por desacato, desobediência e resistência à prisão e já foram liberados.

Os três manifestantes afirmaram que iriam para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo de delito. Segundo eles, os três apresentam hematomas que foram causados pelos policiais durante os protestos. Na delegacia, foi lavrado um TCO (Termo circunstanciado de ocorrência), documento que registra infrações de menor potencial ofensivo.

09/06/2009 - 22h30

Vice-reitor garante à comissão que PM vai sair do campus

Simone Harnik
Em São Paulo
Atualizada às 00h57 de 10/6

Segundo a comissão de professores e alunos que estava em negociação com a reitoria, o vice-reitor Franco Lajolo garantiu a saída da PM da universidade. A reunião terminou por volta das 21h30 desta terça (9).

Participou da conversa ainda o chefe de gabinete da reitoria da USP, Alberto Carlos Amadio. A reitora Suely Vilela não esteve presente.

Ainda segundo a comissão, ficariam no campus apenas quatro viaturas policiais para fazer a segurança da reitoria. Segundo o Major Kenji, cinco viaturas passarão a noite na USP. "Viemos com a missão de proporcionar a segurança da reitoria", disse. Até o fim da noite, permaneciam no campus dez carros da polícia.

"A comissão veio falar com a reitoria sobre a desgraça que aconteceu hoje e houve um compromisso de que mandariam a PM embora e de não chamarem a PM se os piquetes forem de convencimento e não de ocupação", contou a professora Zilda Iokoi, do Núcleo de Estudos da Intolerância.

Segundo o professor do IME (Instituto de Matemática e Estatística), Marcos Magalhães, "a reunião conseguiu [uma solução] em tempo imediato; podíamos ter [tido] uma morte aqui". Ele ainda conta: "quando fomos tentar negociar com o coronel, um soldado atirou ua bomba na nossa direção, [por isso] viemos dialogar para acalmar os ânimos".

Segundo os deputados Carlos Gianazzi (PSOL) e Raul Marcelo (PSOL), a responsabilidade da reitoria sobre o acontecimento é "total". Eles integraram a comissão de negociação com a reitoria.


09/06/2009 - 23h35

Estudantes da USP decidem passar a noite no campus; ato está marcado para quarta

Simone Harnik
Em São Paulo

Atualizada às 00h36 de 10/6


Em assembleia, estudantes da USP (Universidade de São Paulo) decidiram passar a noite na universidade em "vigília". Havia cerca de 700 alunos reunidos no prédio da História na noite desta terça (9).

Eles também votaram por fazer um ato em frente da reitoria às 6h da manhã da quarta. Ao meio-dia, os estudantes marcaram concentração em frente ao prédio da reitoria de onde pretendem seguir em direção à avenida Paulista. Os atos são em protesto ao confronto que aconteceu hoje entre manifestantes e homens da PM (Polícia Militar).

A Adusp, associação que representa os docente da USP, agendou uma assembleia da categoria para a manhã de quarta, às 10h no auditório da Geografia. Em nota, os professores mostraram repúdio a "ação violenta da PM".