02/06/2008 - 17h11
Funcionários da USP aprovam indicativo
que prevê greve dos trabalhadores
Da Redação
Em São Paulo
Atualizada às 20h
A fim de pressionar o Cruesp (Conselho de Reitores
das Universidades de São Paulo) para marcar uma
reunião com o Fórum das Seis, os funcionários da USP
(Universidade de São Paulo) aprovaram, em assembléia
na manhã desta segunda-feira (2), um indicativo que
prevê greve dos trabalhadores.
Na última semana, o Cruesp e o Fórum das Seis
--entidade que reúne os sindicatos de professores e
funcionários USP, Unesp e Unicamp-- se reuniram para
discutir reajuste salarial, mas não chegaram a um
acordo. A entidade dos reitores disse que uma nova
reunião seria marcada, mas não definiu a data.
O indicativo do Fórum dá um prazo até o dia 11 de
junho para que essa data seja definida. Caso
contrário, será marcada uma assembléia com os
integrantes das três universidades paulistas para
discutir greve. "Não estamos falando só de
paralização. Se essa reunião não for marcada, vamos
direto para greve", disse o diretor de base do
Sintusp, Magno de Carvalho.
Na reunião, os trabalhadores pretendem discutir o
reajuste de R$ 200 no salário da categoria.
Segundo a assessoria de imprensa do Cruesp, a
entidade "estabeleceu não o compromisso de conceder
parcela fixa apenas com base na arrecadação, mas o
de verificar a possibilidade de concedê-la caso a
receita do ICMS líquido chegasse a um determinado
nível [R$ 43,620 bilhões]".
Em nota enviada à redação do UOL, a entidade
diz que "a avaliação do Cruesp foi a de que a
concessão de parcela fixa não é compatível com a
estrutura das carreiras de docentes e de servidores
técnico-administrativos das três universidades
estaduais paulistas" e que "considera encerrado esse
item da pauta".
O Cruesp afirma que uma nova reunião, ainda sem data
definida, será marcada com o Fórum das Seis.
Outras questões
O Sintusp tem ainda uma pauta específica para
discutir com a reitoria da USP. Eles pedem que o
auxílio alimentação, que hoje é de R$ 240, aumente
para R$ 400.
"A reitoria ofereceu R$ 272, mas não aceitamos e
queremos uma nova negociação", disse Magno. Segundo
ele, os funcionários farão um novo ato de manifesto
em frente à reitoria da USP, ainda essa semana.