Vários
senadores
aplaudiram o
governo, na
sessão desta
quinta-feira
(2), por ter
voltado atrás
em sua intenção
de incorporar
o
vale-transporte
ao salário
dos
trabalhadores.
A medida,
adotada há
poucos dias
por medida
provisória
(MP 280), foi
revogada por
outra medida
provisória
(MP 283).
-
Fiz chegar aos
líderes do
governo que
teríamos
dificuldade de
aprovar o fim
do
vale-transporte.
Afinal, ele é
uma conquista
irremovível
dos
trabalhadores
- afirmou o
senador José
Sarney
(PMDB-AP), que
assinou, como
presidente da
República, há
20 anos, o
documento que
criou o
vale-transporte.
Sarney
sustentou que
o
vale-transporte
colocou fim
"à
revolta
popular"
contra os
constantes
aumentos de
passagens de
ônibus,
provenientes
da elevada
inflação.
-
Se for possível
aumentar mais
os salários,
que se
aumente, mas não
se acabe com o
vale-transporte
- disse
Sarney.
Para
o senador
Romeu Tuma
(PFL-SP), o
vale-transporte
trouxe tranqüilidade
aos
trabalhadores
que, antes,
faltavam mais
ao trabalho,
no final do mês,
pela falta de
dinheiro para
o pagamento de
passagens. O
senador Paulo
Paim (PT-RS),
um dos
primeiros a
discursar na
semana passada
contra a
pretendida
mudança,
informou que
"até
agora" não
descobriu quem
foi o autor da
idéia do fim
do
vale-transporte.
Também
manifestaram
alívio com a
mudança de idéia
do governo os
senadores Antônio
Carlos
Valadares
(PSB-SE) e
Romero Jucá
(PMDB-RR). Os
senadores também
enalteceram o
ex-presidente
José Sarney -
Jucá diz que
começou a
vida política
no governo
Sarney e
Valadares
assinalou que
nunca Sergipe
recebeu tantas
verbas quanto
no governo
Sarney.
Eli
Teixeira /
Repórter da
Agência
Senado
(Reprodução
autorizada
mediante
citação da
Agência
Senado)
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