A Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) realizou audiência pública com
representantes das categorias de procuradores, defensores públicos,
advogados, agentes fiscais e delegados de polícia nesta
quinta-feira. Essas carreiras tiveram seu teto salarial equiparado
ao dos desembargadores (90,25% do subsídio dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal), com a aprovação, pela Câmara, da PEC paralela,
em março passado.
A proposta havia sido
aprovada, por unanimidade, no Senado, no final de 2003, para
diminuir o impacto da Reforma Previdenciária sobre os servidores públicos
federais, em especial os que estavam perto de preencher os
requisitos para a aposentadoria. Além de propor regras de transição
menos abruptas para a aposentadoria, a PEC paralela garantiu a
paridade entre os vencimentos dos servidores na ativa e aposentados,
bem como vencimentos integrais aos servidores que tivessem 20 anos
de serviço público, além do tempo de contribuição e idade mínima
já previstos na Reforma Previdenciária.
A grande mudança
trazida pela inclusão das categorias funcionais estaduais no
subteto dos desembargadores, reflete a atual diferença de tetos no
Judiciário Federal (cerca de R$ 19.115,00) e no Executivo Federal
(R$ 8.500), que terminam por influenciar os subtetos estaduais.
Na prática, essas
categorias podem receber aumentos de vencimentos ao pular do Poder
Executivo para o Judiciário, fato que têm gerado reclamações dos
governadores, preocupados com suas respectivas folhas salariais. O
fator determinante é a diferença entre os salários do
desembargador e do governador. Em alguns estados, ela é grande
enquanto em outros é pequena.
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