A Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve apreciar nesta
quarta-feira (11), a partir das 10h, a Proposta de Emenda à
Constituição 42/03, de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS),
que eleva de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória
no serviço público, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição. Caso a proposta receba parecer favorável da comissão,
será submetida a dois turnos de votação no Plenário.
Elaborado pelo
relator da matéria, senador José Jorge (PFL-PE), o texto a ser
votado mantém na Constituição a idade atual para a aposentadoria,
mas abre a possibilidade de elevá-la em cinco anos, desde que o
funcionário se submeta a exame médico que ateste suas condições
de saúde para permanecer em atividade.
Durante audiência
pública promovida há duas semanas pela CCJ, a proposta recebeu o
apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Nelson Jobim, e do ministro da Defesa, José Alencar, também
vice-presidente da República. Segundo Jobim, a proposta está
"dentro da modernidade". Alencar, por sua vez, previu que,
em breve, já se poderá estudar a elevação da idade para 80 anos.
Também devem
ser examinadas pela comissão as emendas de Plenário - todas de
autoria do líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP) - à
Proposta de Emenda à Constituição 22/00, do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), que institui o orçamento impositivo.
As duas
primeiras emendas foram parcialmente acolhidas pelo relator, senador
César Borges (PFL-BA). Segundo o parecer do senador à primeira
delas, a programação orçamentária deverá ser detalhada por cada
estado e pelo Distrito Federal - excluindo-se os municípios do
texto. A segunda emenda estende a norma do orçamento obrigatório a
estados, municípios e ao Distrito Federal.
Foi rejeitada
pelo relator a emenda que previa a implantação gradativa do orçamento
obrigatório. Borges observou que o texto original já estabelece o
prazo de dois anos para que a proposta seja colocada em prática. O
relator acolheu integralmente, por outro lado, a emenda que
estabelece a extinção da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO).
Doze outros
itens estarão na pauta da CCJ de quarta-feira. Entre eles, o
Projeto de Lei do Senado (PLS) 384/03, de autoria do senador José
Jorge (PFL-PE), que proíbe os partidos políticos de estabelecer
contribuição obrigatória para os filiados ocupantes de cargos de
qualquer natureza na administração pública. Em seu voto favorável
ao projeto, o relator, senador Alvaro Dias (PSDB-PR), alertou para o
risco de "dissolução dos limites" entre um partido político
e o Estado e para "semelhanças importantes com fenômenos
agudos de autoritarismo". |