Assembléia
debate campanha salarial
A Assembléia da ADUNICAMP-Seção Sindical, reunida em 13 de abril de 2007, debateu a questão da Campanha Salarial. Os companheiros que estiveram na Reunião do Fórum das Seis fizeram o relato da reunião do dia 10 em São Paulo. Após um debate sobre como travar a luta, a AG deliberou o seguinte: Ö A AG da ADUNICAMP reafirma sua posição de que a estratégia do reajuste linear, prática histórica do Fórum, é a melhor forma de realizar a luta salarial. Considerando, contudo, o atual momento de profundo ataque à Universidade Pública Paulista e a posição majoritária das demais entidades deliberou-se que nossos representantes no Fórum devem lutar pela unidade do Fórum das Seis e, taticamente, neste momento, aceitou-se a proposta de recomposição das perdas do ano passado mais o fixo de R$ 200,00.Além disso, a AG deliberou sobre a proposta de paralisação no dia 17. Levando em consideração que este é um dia nacional e estadual de lutas em defesa da autonomia universitária, por campanhas salariais, defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as políticas neoliberais de destruição da sociedade nacional e, também, pela luta dos diferentes movimentos sociais a AG, dado o nível de mobilização, ainda inicial, deliberou: No dia 17, a partir das 13h00: Ö Realizar, no Ciclo Básico II, em conjunto com estudantes e técnico-administrativos,um debate sobre os decretos do governo Serra. E a partir das 14h30: Ö Um ato, na frente da Reitoria, quando da entrega da pauta de reivindicaçõesda nossa campanha salarial. Carta aberta aos alunos da UNICAMP As Universidades Públicas Paulistas receberam no primeiro dia do ano um presente de grego. O governador Serra começou seu mandato aplicando um brutal ataque às nossas Universidades. Primeiro dia, primeiros golpes. De caso pensado, seguramente. E afirmamos isso porque os decretos com uma lógica extremamente perversa produziram uma intervenção que para muitos lembrou a do Maluf de 1981. Serra, professor desta Universidade, "esqueceu" o significado de autonomia universitária. Esta não pode ser identificada ao índice do ICMS. A Autonomia significa a capacidade de decisão que esta instituição tem, constitucionalmente, é bom lembrar, de decidir sobre sua própria vida e seus projetos. A autonomia é a capacidade, reconhecida legal e legitimamente, de elaborar sua trajetória de pesquisa, de ensino, de extensão, de exercício financeiro e patrimonial e de liberdade pedagógica. Tentar destruir essa autonomia significa dizer que nossa instituição é desnecessária. Os decretos inviabilizam, na prática, a possibilidade de se pensar ciência e tecnologia na perspectivca da soberania da população, subordinando-as aos interesses do mercado ao colocar, por exemplo, a Fapesp na Secretaria de Desenvolvimento. Ao criar uma Secretaria de Ensino Superior, que tem como tarefa a articulação com as instituições privadas (aproximadamente 500) o decreto pensa o ensino superior como mercadoria. Defender a Autonomia das Universidades Públicas Paulistas é decisivo para manter a liberdade de pensar nossa sociedade e as grandes questões nacionais. Toda mobilização deve ser conduzida para essa finalidade. A unidade de docentes, estudantes e técnicos e administrativos é vital. Vamos à luta! Salvemos a Universidade Pública!
Assembléia Geral da Adunicamp-Seção Sindical |