Debate
sobre a Reforma
Universitária do governo Lula
reúne mais de 200 pessoas
No dia 30 de março, aconteceu o debate “Reforma Universitária do governo Lula: Novos discursos, velhas idéias”, em um dos auditórios do PB da Unicamp. Tendo por debatedores Osvaldo Coggiola (vice-presidente do Andes-SN); José Arbex (professor da PUC-SP e editor da Caros Amigos) e José Júnior (representando a Conlute), o debate começou às 12h30, estendendo-se até às 15h00, com mais de 200 pessoas presentes, especialmente estudantes (da Unicamp, da PUCCamp, da Facamp). A participação do público foi bastante intensa, expressando diferentes posições e colocando várias questões.
Este debate foi mais uma atividade organizada pelo “GT Campineiro para
Barrar Essa Reforma” , que se formou em 2003, tendo por objetivo
congregar diferentes profissionais, de diversas instituições, para estudar,
debater e se posicionar em relação às propostas do governo federal, por ele
intituladas “reforma universitária”. Após várias reuniões e muitas
discussões, ficou claro que essas propostas
constituem um ataque deliberado á Universidade Pública brasileira,
caracterizando-se como uma “contra-reforma universitária”. No centro dos
ataques, estão a autonomia universitária, cerceada em diversos artigos do
anteprojeto, e a manutenção do precário financiamento público,
aprofundando o já avançado sucateamento das instituições de ensino
superior.
A propósito, vale a pena lembrar que os recursos públicos desviados para
faculdades privadas, via Prouni, superam a faixa dos 3 bilhões de reais,
quantia suficiente para duplicar o número de vagas das universidades
federais, com um padrão de qualidade sem dúvida superior, e em número maior
do que o alardeado pelo governo Lula. Essa iniciativa desvela que o objetivo
primordial do governo é a privatização de verbas públicas, aumentando
ainda mais os lucros dos empresários da educação; para conseguir tal
intento, Lula não hesita em ludibriar jovens brasileiros, que acreditam que
estão enfim tendo acesso ao ensino superior, quando no máximo estarão
adentrando em quiosques que vendem diplomas.
Este debate foi organizado para marcar as atividades do GT no início das
aulas, alertando para os riscos que corre a Universidade Pública brasileira.
O ataque é tão deliberado e sistemático que o Conselhos Universitário da Unicamp manifestou-se oficialmente sobre o assunto, em reunião extraordinária realizada em 15 de março de 2005. Acesse o manifesto do Consu.
Para participar do GT, basta contatar diretoria@adunicamp.org.br
O futuro da Universidade Pública depende de nossa luta!
Vamos
barrar essa reforma!