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Boletim Eletrônico • 17 de maio de 2006

A proposta(???) do Cruesp:

E esta proposta foi a última feita pelos reitores. Imaginem a primeira!!!

    Não é preciso muita análise para ver que esta proposta dos reitores é insuficiente: as estimativas de arrecadação para 2006 do próprio Cruesp variam entre R$ 39,9 bilhões e R$ 40,2 bilhões. Como a de 2005 foi de R$ 37 bilhões, até o Cruesp estima que a arrecadação de ICMS irá crescer entre 7,84% e 8,65% este ano. Mesmo levando em conta que, por culpa do governo federal, corremos o risco de este ano recebermos apenas cerca de metade da Lei Kandir — R$ 43,54 milhões, no lugar de R$ 81,11 milhões (em cerca de R$ 3,83 bilhões de orçamento fiscal das três estaduais), há muito espaço de negociação. No entanto, as administrações das universidades, que tinham a obrigação de lutar para obter aumento efetivo do investimento público no ensino, pesquisa e extensão da USP, Unesp e Unicamp, preferiram subalternidade a interesses do governo de plantão.

    É com surpresa que descobrimos que ofício enviado há um ano pelo Cruesp ao Secretário da Fazenda, pedindo explicações sobre o desconto inconstitucional da Habitação, nunca foi respondido; e que as administrações da época não tomaram nenhuma providência a respeito. Do que conseguimos depreender das explicações dadas na reunião de 17/5, os reitores não têm proposta de emenda para a LDO/2007, em discussão na Assembléia Legislativa (Alesp).

    Foi agendada nova reunião de negociação para 5ª feira, 25/5, às 14 horas. É imperioso que façamos ver aos reitores que precisam modificar drasticamente suas atitudes e propostas salariais. Nossa experiência histórica mostra o caminho: mobilização e organização!!!

    Em paralelo com a questão salarial, deveremos nos ocupar da luta na Alesp, defendendo 33% da receita fiscal para a Educação em geral, 11,7% do ICMS para as universidades e 2,1% do ICMS para o Centro Paula Souza. Esta luta é tão importante quanto a questão salarial, estando estrategicamente ligada ao financiamento adequado da Educação Pública como um todo e a garantia ao exercício de direitos sociais, tais como acesso generalizado à escola pública de qualidade e uma política estável e significativa de permanência estudantil. 

    Em cada Unidade e local de trabalho é importante discutirmos a situação em que se encontram salários e condições de trabalho e avaliar criticamente as atitudes do Cruesp, construindo um movimento de ações políticas concretas, na universidade e na Alesp, que abram caminho para reversão do descaso governamental com a Educação Pública.

    Tendo em vista a conjuntura o Fórum das Seis, reunido após a rodada de negociação com o Cruesp deliberou enviar às Assembléias de todas as categorias os seguintes indicativos :

0,75 %  NÃO DÁ!!

25 de Maio é
DIA DE PARALISAÇÃO
e
ATO NO GRAMADO DA REITORIA
DA USP EM SÃO PAULO

às 13h, durante as negociações com o Cruesp.
(vai ter churrasquinho a preço de custo)

EM DEFESA DE NOSSOS SALÁRIOS E DE MAIS RECURSOS
PARA AS UNIVERSIDADES E PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICAS