Boletim Eletrônico • 21 de junho de 2007 • Nº 109

Em busca de solução para o impasse

A diretoria da Adusp solicitou ao chefe de gabinete da reitoria, na tarde de quarta-feira (20/6), o agendamento de uma reunião urgente com a profa. Suely Vilela. O objetivo do encontro seria transmitir à Reitora as nossas impressões sobre o atual momento, em especial, ressaltar a importância do diálogo para superar o impasse da ocupação. Permanecemos aguardando uma resposta. A Adusp reafirma, nessa oportunidade, a moção aprovada em assembléia, de 23 de maio:

* a negociação entre estudantes, funcionários e reitoria é o único caminho que pode levar a bom termo a solução do conflito. A negociação é uma prerrogativa da autonomia universitária e não será a Polícia Militar que estabelecerá seu calendário e dinâmica;

* o uso da força é inaceitável e somos veementemente contrários a qualquer forma de punição aos que lutam por uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática.
 


Nota de Repúdio

O Fórum das Seis, que congrega as entidades representativas de docentes, funcionários técnico-administrativos e estudantes das universidades estaduais paulistas e do Centro Paula Souza, manifesta veemente repúdio à utilização de expedientes policiais como foi o caso perpetrado contra os estudantes no campus da Unesp de Araraquara na madrugada de 20/06/2007.

A defesa da autonomia das universidades estaduais paulistas se faz com base na construção de estratégias de resolução dos seus conflitos internos por meio do diálogo e da negociação entre as partes, o que implica a compreensão de que as reivindicações dos setores que a compõem se inserem numa perspectiva histórica, que deve ser devidamente contextualizada, de modo que as questões postas sejam passíveis de superação.

A utilização de força policial, na tentativa de resolver conflitos instalados, ataca a autonomia universitária e coloca sob a tutela da Secretaria da Justiça e da Segurança Pública a resolução de problemas internos à universidade. Ao contrário, a adoção dessa postura contribui para a configuração efetiva de um impasse que não interessa à sociedade.

Tal impasse só poderá ser rompido com a retomada das negociações. A negociação é uma prerrogativa da autonomia universitária e o uso de força ou de qualquer forma de punição aos que lutam por uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática é inadmissível.

São Paulo, 21 de junho de 2007
FÓRUM DAS SEIS