Em busca de
solução para o impasse
A diretoria da
Adusp solicitou ao chefe de gabinete da
reitoria, na tarde de quarta-feira
(20/6), o agendamento de uma reunião
urgente com a profa. Suely Vilela. O
objetivo do encontro seria transmitir à
Reitora as nossas impressões sobre o
atual momento, em especial, ressaltar a
importância do diálogo para superar o
impasse da ocupação. Permanecemos
aguardando uma resposta. A Adusp
reafirma, nessa oportunidade, a moção
aprovada em assembléia, de 23 de maio:
* a negociação
entre estudantes, funcionários e
reitoria é o único caminho que pode
levar a bom termo a solução do
conflito. A negociação é uma
prerrogativa da autonomia
universitária e não será a Polícia
Militar que estabelecerá seu
calendário e dinâmica;
* o uso da
força é inaceitável e somos
veementemente contrários a qualquer
forma de punição aos que lutam por
uma universidade pública, gratuita,
autônoma e democrática.
Nota de Repúdio
O Fórum das Seis,
que congrega as entidades
representativas de docentes,
funcionários técnico-administrativos e
estudantes das universidades estaduais
paulistas e do Centro Paula Souza,
manifesta veemente repúdio à utilização
de expedientes policiais como foi o caso
perpetrado contra os estudantes no
campus da Unesp de Araraquara na
madrugada de 20/06/2007.
A defesa da
autonomia das universidades estaduais
paulistas se faz com base na construção
de estratégias de resolução dos seus
conflitos internos por meio do diálogo e
da negociação entre as partes, o que
implica a compreensão de que as
reivindicações dos setores que a compõem
se inserem numa perspectiva histórica,
que deve ser devidamente
contextualizada, de modo que as questões
postas sejam passíveis de superação.
A utilização de
força policial, na tentativa de resolver
conflitos instalados, ataca a autonomia
universitária e coloca sob a tutela da
Secretaria da Justiça e da Segurança
Pública a resolução de problemas
internos à universidade. Ao contrário, a
adoção dessa postura contribui para a
configuração efetiva de um impasse que
não interessa à sociedade.
Tal impasse só
poderá ser rompido com a retomada das
negociações. A negociação é uma
prerrogativa da autonomia universitária
e o uso de força ou de qualquer forma de
punição aos que lutam por uma
universidade pública, gratuita, autônoma
e democrática é inadmissível.
São Paulo, 21 de
junho de 2007
FÓRUM DAS SEIS |