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Boletim Eletrônico • 10 de maio de 2007


CAMPANHA SALARIAL
Serra sonega dados até para o Cruesp, que alega não poder calcular impacto das nossas reivindicações

    Fórum das Seis e Cruesp reuniram-se hoje à tarde na Reitoria da Unicamp. Os secretários de Estado que formalmente fazem parte do Cruesp não compareceram à reunião.
    A primeira parte discutiu o impacto dos decretos de Serra, da LDO e do SPPrev. O presidente do Cruesp, Tadeu Jorge, fez uma longa exposição, de quase uma hora, sobre os esforços que o Cruesp vem tentando fazer para tornar os decretos inofensivos.
    Sobre o decreto que submete as instituições ao Siafem, ele relatou que um ofício enviado pelo Cruesp à Secretaria da Fazenda — declarando que as universidades estão dispostas a colocar à disposição do governo, diariamente, seus dados sobre gastos, mas que as verbas das universidades (exceto folha de pagamento) devem ser depositadas nas contas das próprias universidades — não foi respondido até hoje!
    A segunda parte da reunião tratou da pauta de reivindicações do Fórum das Seis. Tadeu Jorge pediu esclarecimentos sobre a pauta, e foi atendido. Após o que, o presidente do Cruesp informou que enviou à Secretaria da Fazenda, no dia 25 de abril, ofício em que solicita que sejam prestadas às universidades informações, mesmo que provisórias, sobre a arrecadação do governo em março e abril. O ofício não foi respondido até hoje!
    Portanto, continuou Tadeu Jorge, o Cruesp não tem condição de discutir a pauta do Fórum, porque não dispõe dos dados necessários à estimativa do impacto que teria o atendimento das reivindicações.
    Assim, o Cruesp limitou-se a mencionar que pretende realizar uma reunião técnica com o Fórum das Seis, e, posteriormente, uma reunião de negociação, assim que obtiver as informações da Secretaria da Fazenda.
    Conclusão:
    É evidente que os decretos de Serra atacam, de fato, a autonomia das universidades públicas. Os reitores tentam conversar com o governo, mas isso não muda nem a letra, nem o espírito dos decretos. O entendimento dos reitores de que, por exemplo, a autonomia pressupõe liberdade para manejar suas contas é arrogantemente ignorado pelo governo. Até mesmo a mera informação sobre a arrecadação é sonegada por Serra, com reflexos imediatos na negociação salarial.
    Que medidas tomaremos?

    Precisamos nos mobilizar! Todos à assembléia geral de 15/5, terça-feira, às 17 horas, na Geografia.
 
Associação dos Docentes da USP
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