CAMPANHA
SALARIAL
Serra
sonega dados até para o Cruesp, que alega não
poder calcular impacto das nossas reivindicações
Fórum das Seis e Cruesp reuniram-se hoje à
tarde na Reitoria da Unicamp. Os secretários de
Estado que formalmente fazem parte do Cruesp não
compareceram à reunião.
A primeira parte discutiu o impacto dos
decretos de Serra, da LDO e do SPPrev. O
presidente do Cruesp, Tadeu Jorge, fez uma longa
exposição, de quase uma hora, sobre os esforços
que o Cruesp vem tentando fazer para tornar os
decretos inofensivos.
Sobre o decreto que submete as instituições
ao Siafem, ele relatou que um ofício enviado
pelo Cruesp à Secretaria da Fazenda — declarando
que as universidades estão dispostas a colocar à
disposição do governo, diariamente, seus dados
sobre gastos, mas que as verbas das
universidades (exceto folha de pagamento) devem
ser depositadas nas contas das próprias
universidades — não foi respondido até hoje!
A segunda parte da reunião tratou da pauta
de reivindicações do Fórum das Seis. Tadeu Jorge
pediu esclarecimentos sobre a pauta, e foi
atendido. Após o que, o presidente do Cruesp
informou que enviou à Secretaria da Fazenda, no
dia 25 de abril, ofício em que solicita que
sejam prestadas às universidades informações,
mesmo que provisórias, sobre a arrecadação do
governo em março e abril. O ofício não foi
respondido até hoje!
Portanto, continuou Tadeu Jorge, o Cruesp
não tem condição de discutir a pauta do Fórum,
porque não dispõe dos dados necessários à
estimativa do impacto que teria o atendimento
das reivindicações.
Assim, o Cruesp limitou-se a mencionar que
pretende realizar uma reunião técnica com o
Fórum das Seis, e, posteriormente, uma reunião
de negociação, assim que obtiver as informações
da Secretaria da Fazenda.
Conclusão:
É evidente que os decretos de Serra atacam,
de fato, a autonomia das universidades públicas.
Os reitores tentam conversar com o governo, mas
isso não muda nem a letra, nem o espírito dos
decretos. O entendimento dos reitores de que,
por exemplo, a autonomia pressupõe liberdade
para manejar suas contas é arrogantemente
ignorado pelo governo. Até mesmo a mera
informação sobre a arrecadação é sonegada por
Serra, com reflexos imediatos na negociação
salarial.
Que medidas tomaremos?
Precisamos nos
mobilizar! Todos à assembléia geral de 15/5,
terça-feira, às 17 horas, na Geografia.
Associação
dos Docentes da USP
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