Boletim eletrônico • 30 de agosto de 2005
À esquerda
As cerca de 1.500 pessoas que se
reuniram na Alesp no dia de hoje, terça-feira, 30/8, sentiram o gostinho
doce da vitória conquistada coletivamente. Os ônibus foram chegando aos
poucos, já às 9h da manhã. Primeiro um micro-ônibus trazendo docentes,
funcionários e estudantes de Marília, após uma noite nas poltronas.
Logo a seguir desembarcaram várias dezenas de alegres jovens da Faculdade
de Direito São Francisco e, depois, da ECA, com suas faixas bem
humoradas. O Auditório Teotônio Vilela logo lotou.
Conforme acordado com os líderes dos partidos durante
a semana passada, quatro representantes do Fórum das Seis, entre eles
Francisco Miraglia pela Adusp, tiveram direito à voz na reunião do Colégio
de Líderes, iniciada às 11h. Durante as discussões no Auditório Teotônio
Vilela, o contínuo fluxo de estudantes, funcionários e professores
esteve represado fora das portas da Alesp, por falta de espaço em auditórios.
A pressão popular teve êxito. O maior dos auditórios da Alesp, Franco
Montoro, cuja reserva havia sido obtida apenas a partir das 14h, foi
pequeno para abrigar, inicialmente sem som, o aglomerado humano que até lá
foi chegando, já ao redor do meio-dia. Apesar das condições materiais
precárias ninguém desistiu!
Jovens de todos os cantos da USP, Fatecs, Unesp e
Unicamp continuaram afluindo à Alesp e tomaram conta também do plenário
Juscelino Kubitschek, transbordando para as laterais e os fundos, mesmo
sem sessão ordinária marcada para antes das 16h30. O coordenador do Fórum
das Seis, Milton Vieira, trouxe a notícia da vitória desta etapa ao
redor das 14h. A multidão só se dispersou às 15h após passeata pelos
corredores da Alesp entoando “Derrube o veto”. A consciência do que
está em jogo para a Educação Pública, em particular para as
universidades e para o Centro Paula Souza, pela derrubada do veto se a
vinculação de recursos não for restabelecida, parece ter atingido
primeiro os funcionários e agora também os estudantes.
Colegas, pelas andanças que temos feito nos gabinetes
da Alesp, é possível atingir os 48 votos a nosso favor. A mobilização
está aumentando e colegas da IME, ECA, Geografia, ICB, Direito e Física
foram vistos no meio da multidão; provavelmente outros tenham escapado às
nossas vistas. A intervenção qualificada, explicando a importância da
vinculação de verbas, os objetivos e as variadas funções da
universidade pública, tem efeito quando apoiada pela mobilização.
A hora
da LDO 2006 é esta!
Quinta-feira, 1º/9, ainda mais de 1.500 pessoas na Alesp!!Colegas vamos lá!
Fechamento do prédio principal da ECA foi a resposta da comunidade às ameaças do Diretor
Em resposta à ameaça da diretoria da unidade de cortar o ponto dos trabalhadores que aderiram ao movimento, estes fecharam, no dia 30/8, o prédio principal da ECA. O fechamento do edifício, onde se localiza a administração e a biblioteca da unidade, além de dois departamentos e salas de aula, fôra decidido por funcionários, estudantes e professores em assembléia realizada na manhã do dia anterior.
“Os grevistas devem assumir a sua opção e não assinar se não estiverem trabalhando. Se as pessoas estão lutando pela Universidade Pública não devem achar correto que a população pague por serviços não prestados. Comunicaremos à Reitoria as faltas”, dizia o texto do e-mail enviado aos funcionários pela assistência técnico-administrativa.
Depois que o fechamento já havia sido aprovado, o diretor da ECA, professor Luiz Milanesi, saiu do gabinete para comparecer à assembléia e argumentar que a mensagem fôra mal compreendida, tratando-se apenas de uma “opinião pessoal” sua. Além do que, relatou o professor Milanesi, quando há greve, a Reitoria pede a cada unidade um mapa da paralisação, e era a isso, segundo ele, que se referia o trecho da mensagem que dizia que as faltas seriam comunicadas, não se tratando de “entrega de nomes”.
Algo nessa linha,
acrescentou, deveria ser decidido em reunião com os demais diretores de
unidade, prevista para 31/8. O encontro já estava marcado antes da greve,
segundo Milanesi, para discutir problemas no processo de escolha do próximo
Reitor. Convencida do contrário, a maioria dos presentes manteve em nova
votação a decisão inicial.
Assembléia
Geral da Adusp
31 de
agosto • 10h • Anfiteatro Abrahão
de Moraes
pauta: avaliação do movimento e planejamento dos nossos próximos passos Ato na Alesp • 1º de setembro Vigília durante a sessão ordinária que apreciará o veto do Governador |