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Boletim
Eletrônico • 14 de setembro de 2005
Presidente
da Assembléia Legislativa convoca nova sessão extraordinária para esta
quinta-feira, 15/9
Sessão
de hoje foi encerrada após 1h10 de discussão e várias interrupções
- Passeata
do Masp até a Alesp reuniu 3 mil pessoas contra o veto de Alckmin
A sessão extraordinária realizada hoje na Assembléia
Legislativa (Alesp) com a finalidade de apreciar o veto do governador Alckmin
à LDO teve início às 19 horas e foi encerrada por volta das 21 horas, sem
que houvesse a votação. Como não houve acordo com a bancada governista, a
votação só poderá ocorrer após 12 horas de debate sobre o tema em pauta,
como prevê o Regimento da Alesp.
O presidente da Alesp, deputado Rodrigo Garcia (PFL),
convocou uma nova sessão extraordinária para esta quinta-feira, 15/9. Quando
for iniciada a nova sessão, será descontado o tempo de 1h10 de discussão
já realizada na sessão de hoje.
Durante a tarde, uma passeata com 3 mil pessoas dirigiu-se
do Masp para a Alesp. Não houve incidentes. No entanto, a maior parte dos
manifestantes não conseguiu entrar na Alesp. A Polícia Militar alegava que
estava disponível unicamente o Plenário Juscelino Kubistchek, com 243
lugares. No entanto, o Auditório Franco Montoro estava vazio, ao contrário
do que afirmava a PM. Além disso, quem conseguiu entrar foi submetido a uma
revista lenta e rigorosa.
Esta situação terminou por provocar conflitos entre a PM e os manifestantes.
Quando estes, em sinal de protesto, tentaram bloquear a Avenida Pedro Álvares
Cabral, um contingente da tropa de choque da PM avançou sobre eles com bombas
de gás e cassetetes, sem qualquer tentativa de negociação. A cavalaria também
foi usada. Os manifestantes foram perseguidos. Tentaram bloquear a Brigadeiro
Luis Antonio, mas foram empurrados pela PM em direção à Avenida Santo
Amaro.
Onze pessoas foram detidas. Um estudante da Unicamp foi
levado para o 78º Distrito Policial embora estivesse com um sério ferimento
no pé, causado pela explosão de uma bomba atirada pela PM. Um repórter-cinematográfico
da TV Globo também foi ferido por uma bomba da PM e precisou ser medicado. Os
detidos prestaram depoimento e foram liberados, voltando para a Alesp, onde
chegaram pouco antes das 24 horas.