BOLBoletim Sintunesp - 11/11/05ESP

À comunidade da UNESP

 As Portarias UNESP 540/05 e 541/05, publicadas no Diário Oficial do dia 05/11/2005 – páginas 42 do Poder Executivo – Seção I, que tratam dos Vales Transporte e Alimentação, respectivamente, apresentam alguns pontos que merecem maior reflexão por parte da administração da Universidade.

Apesar da concessão dos Vales Transporte e Alimentação serem benefícios concedidos pela Unesp, sabemos que são de extrema importância, principalmente, para os funcionários que recebem os menores salários da Universidade.

Como é do conhecimento de todos, o Sindicato sempre defendeu a extensão destes benefícios à totalidade dos funcionários da Universidade, porque entendemos que todos se alimentam e se locomovem para seus locais de trabalho.

É do conhecimento de todos, também, que o Sintunesp vem buscando constantemente a correção do valor facial do Vale Refeição, além da adequação da cessão do vale transporte àqueles que utilizam mais de uma condução para trabalhar.

Dessa forma, é com surpresa, preocupação e grande descontentamento que constatamos a retirada de  benefícios dos funcionários nos conteúdos das referidas Portarias.

A Universidade passa por uma crise e sabemos disso. Porém, os funcionários da Unesp nada têm a ver com ela. Os funcionários, através de seus representantes nos Órgãos Colegiados e no Sintunesp, vêm alertando há tempos para o perigo dessa crise, mas não foram ouvidos pela administração central.

Gostaríamos de saber qual é o impacto financeiro destas medidas, que chegam num momento em que a administração solicita a compreensão e o apoio dos seus funcionários, uma vez que a Universidade pode não conseguir sequer honrar seus compromissos financeiros.

Lembramos, ainda, que a Universidade tem dívidas para com seus funcionários, relativas ao Plano de Carreira, Promoção-ADP e Precatórios.

Deste modo, o que esperamos é que a administração reflita sobre o assunto.

Nesta quinta-feira (10/11/2005) tivemos uma reunião com o Reitor e na oportunidade o prof. Macari foi informado por nós, que solicitamos uma reunião com o Pró-Reitor de Administração, prof. Júlio Cezar Durigan, para discussão desse assunto.

Nos reunimos com o Pró-Reitor de Administração, no período da tarde deste mesmo dia, após 
longa discussão e exposição de nossos argumentos, ele comprometeu-se a rever alguns aspectos das 
portarias com o prof. Macari.

            Outro ponto importante da reunião com o Pró-Reitor a se destacar, é que as medidas efetuadas,
 segundo o Pró-Reitor, foram fruto das constantes cobranças dos Diretores das Unidades nas reuniões 
com o Magnífico Reitor.

Entendemos que algumas medidas tomadas pela administração deveriam passar por uma discussão mais ampla. Parece-nos, também, que algumas dessas medidas não coadunam com a imagem que a Reitoria apresenta, de afeição e de prioridade nas questões dos funcionários técnico-administrativos.

 Reitor altera forma de pagamento do 13º salário

            Contrariando a expectativa dos servidores em receberem o 13º salário nos meses em que tradicionalmente recebiam, na reunião do dia 10/11, o Reitor também comunicou ao Sintunesp e à Adunesp sua decisão pela forma de pagamento do 13º salário referente a este ano. A proposta é a seguinte:

-          Pagamento normal somente aos celetistas (valor integral, dividido em duas parcelas – novembro e dezembro);

-          Pagamento integral aos que recebem salários até R$ 2.000,00 (em parcela única, no mês de dezembro);

-          Pagamento parcial (em torno de 50%) para quem recebe mais do que R$ 2.000,00, em dezembro. O restante será pago apenas em janeiro.

O Sintunesp e a Adunesp manifestaram sua discordância em relação a esta medida. Se há problemas financeiros (o Reitor alega que a arrecadação do ICMS está em queda), é inadmissível que o ônus recaia sobre os trabalhadores. O pagamento integral do 13º salário é um direito adquirido de professores e funcionários. O recebimento em duas parcelas (novembro e dezembro) também é uma tradição na Universidade e a alteração da regra, de última hora, causará grandes transtornos àqueles que já haviam assumido compromissos financeiros.

Mesmo os companheiros que terão o direito respeitado (como é o caso dos celetistas e dos que ganham até R$ 2.000,00) devem se indignar com a medida, que abre caminho para outros ataques no futuro. Quem nos garante que, nos próximos anos, a Reitoria não resolva simplesmente suspender o pagamento do 13º salário ou de outro direito, alegando falta de verbas? É preciso que a comunidade se una e mostre a sua indignação.

Ainda referindo-se ao 13° salário, para que não paire dúvidas na Comunidade a respeito desse assunto, queremos esclarecer a todos que em nenhum momento os funcionários ou o SINTUNESP foram consultados sobre a possibilidade de “opção” pelo pagamento das férias em detrimento do pagamento do 13° salário.

                                                                              Sintunesp