Funcionários da USP também suspendem greve
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Terminou agora (16h30 - 30/06) a assembleia de trabalhadores da USP - acompanhada por uma comitiva do STU que foi até lá levar a solidariedade dos trabalhadores da Unicamp. Assim como aqui, eles aprovaram a suspensão da greve mediante compromisso de não punição aos grevistas. Saiba mais! |
Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram, em assembleia, encerrar a greve que completava 57 dias nesta quarta-feira. Nesta manhã, a comissão de negociação da reitoria da USP apresentou ao Sindicato dos Trabalhadores da instituição (Sintusp), após quase 3 horas e meia de reunião, uma proposta bastante similar a última, com o acréscimo de apenas dois itens. A reitoria se comprometeu a não punir os funcionários em greve e se dispôs a examinar as reivindicações da pauta específica do sindicato a partir do dia 5 de julho, caso os grevistas voltassem imediatamente as suas atividades.
Magno de Carvalho, diretor de base do Sintusp, reconheceu que não houve progresso em relação ao aumento de 5%, no entanto, considera que em outros pontos o avanço foi considerável.
O sindicato conseguiu fazer com que a reitoria alterasse na proposta uma palavra que poderia gerar ambiguidades quanto ao compromisso de não punição aos grevistas. O terceiro item do texto que dizia "Não haverá punição decorrente das atividades relacionadas ao movimento de 'mera' greve" foi mudado para "Não haverá punição decorrente das atividades relacionadas ao 'exercício do direito' de greve.
Desde as 8h30, os grevistas esperavam reunidos em frente à reitoria da Universidade por uma decisão sobre os rumos da paralisação.
Nesta quarta, oito viaturas da Força Tática da PM, do 16° Batalhão da Polícia Militar, se encontravam no estacionamento lateral do Centro de Computação Eletrônica (CCE), na Cidade Universitária, no Campus Butantã. O movimento, segundo a PM, era uma operação de prevenção realizada a pedido da reitoria da USP, já que os manifestantes haviam prometido fechar o CCE caso não houvesse acordo nesta reunião.
O movimento
A greve teve início por conta do reajuste de 6% dado aos docentes, além dos 6,57% oferecidos a todos os servidores das universidades paulistas. No entanto, em assembleia com os grevistas no dia 17 de junho, o Sintusp decidiu aceitar negociar um aumento de 5% em vez dos 6,57%, antes reivindicados.
Já a ocupação do prédio da reitoria se deu por conta do corte do ponto de duas unidades operacionais. A medida cortou o salário de cerca de mil funcionários que participavam da paralisação. Mas a reitoria se comprometeu a restituir os dias descontados até 4 dias após o encerramento da greve.
Fonte: portal Terra, comitiva da Unicamp na assembleia da USP