Regina Agrella

Contratações serão ampliadas

Até junho de 2006, o quadro de docentes em regime integral será restaurado

Aula na Unidade de Rio Claro

24/3/2005
Além das 60 contratações anunciadas no início de março, a atual administração prevê, até junho do próximo ano, a restauração do quadro de professores e de funcionários. A contratação de professores em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP) é uma das prioridades da atual gestão, com vistas a dar continuidade ao ensino público de qualidade.

Segundo o reitor da UNESP, Marcos Macari, a meta é suprir o quadro de professores efetivos, diminuindo gradativamente os substitutos. O processo começou com a abertura de concurso para suprir as urgências de cada uma das 33 Unidades Universitárias. Como 2006 é um ano eleitoral, a legislação não permite a contratação de pessoal três meses antes e três meses após o pleito. Por isso, os concursos estão sendo programados dentro do cronograma financeiro da Universidade.

Ao longo dos últimos anos, com as aposentadorias e afastamentos por diversas razões, a Universidade acumulou baixas no quadro de professores efetivos. Inicialmente foram contratados professores conferencistas pelo prazo de 89 dias para substituí-los. Como medida emergencial, entretanto, a instituição abriu concurso para contratar professores substitutos, cujo total já soma 180.

Para o presidente da Associação dos Docentes da UNESP (Adunesp), Milton Vieira Prado Júnior, da Faculdade de Ciências (FC), campus de Bauru, a contratação de professores em RDIDP e em regime de 40 horas é fundamental para manter indissociável o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. "É uma antiga reivindicação da categoria", diz.

A contratação de 82 servidores para prover o subquadro da administração, um instrumento empregado como gestor das necessidades, é outra medida que busca regularizar o quadro de funcionários técnicos-administrativos da Universidade. Além disso, 112 servidores, segundo Macari, serão desligados da Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (Fundunesp), órgão no qual foram admitidos sem a autorização dos órgãos colegiados. Nem todos os funcionários desligados da Fundunesp, no entanto, serão contratados pela UNESP. Será obedecida a necessidade estabelecida pelo subquadro.

Para Luiz Carlos de Freitas Melo, coordenador político do Sindicato dos Trabalhadores da UNESP (Sintunesp), essa postura da Reitoria é acertada. "Esperamos que não ocorram mais contratações pela Fundunesp e que elas sejam realizadas por concurso público e atendendo as necessidades dos subquadros, passando pelo Conselho de Administração e Desenvolvimento (Cade)", explica.

Genira Chagas